Monica Stahel
É tradutora e fazedora de livros.
“Que livro você está lendo agora?” Essa pergunta me acompanhou desde a infância. E nunca ficou sem resposta. Na minha família todos liam muito, era terminar um livro e já começar outro.
Lá pelos 7 ou 8 anos, eu escrevia umas historinhas e até fazia umas rimas, que eu chamava de poesias, para dar de presente de aniversário para os adultos. Isso decerto faz parte da vida de toda criança.
Na hora de fazer faculdade, escolhi Ciências Sociais, pois queria um curso que me ajudasse a entender meu país, meu povo, os outros países, os outros povos, o mundo. Mas, na hora de escolher uma profissão, meus olhos se voltaram para os livros. Comecei a trabalhar numa editora e pronto: foi paixão. Trabalhei com revisão, edição de textos, tradução e até com produção gráfica. Naquele tempo não havia faculdade de editoração nem de comunicação. O que havia era gente com muita experiência, que vivia de ler e fazer livros, e, graças ao aprendizado com essas pessoas, a muito trabalho, a muitos erros e acertos, acabei me tornando uma profissional da área.
Como eu sabia outras línguas, fui me interessando especialmente por traduzir. Hoje é minha atividade principal. Adoro o desafio de trazer para os leitores de língua portuguesa tanta coisa bonita e interessante que outras pessoas escreveram em outros idiomas.
E, sempre no meio de livros, comecei também a escrever uma ou outra história. Gostei, continuei, e criei alguns livros para crianças. Algumas histórias são inventadas, outras são meio verdadeiras e meio inventadas, mas com certeza todas saem do fundo da minha alma.